JACQUELINE TERPINS

Jacqueline Terpins se formou em Comunicação Visual pela Escola de Belas Artes da UFRJ; estudou técnicas de cristal soprado na Penland School of Art and Craft e na Pilchulk Glass School, nos Estados Unidos, e também desenho na Byam Shaw School of Art, no Reino Unido.

Ao participar de grupos de produção artística com Anna Bella Geiger, Frederico de Morais, Lygia Pape, e Ivan Serpa, – alguns dos mais talentosos nomes daquela geração – conheceu e encantou-se pelas técnicas em cristal soprado quando assistiu um filme do consulado da antiga Tchecoslováquia, onde, em relatos da época, era comum vidreiros trabalharem essa matéria-prima sob altas temperaturas.

Até ficar incandescente e, assim, poder assumir uma nova forma, o cristal soprado é trabalhado entre 900ºC e 1440ºC. Trata-se de um líquido mais denso em comparação a água, que flui, contrai e expande em temperatura ambiente, ou seja, pode ser moldado inclusive em estado sólido. O resultado é traduzido na estética orgânica, investigação de sobreposições de camadas, fusão de cores e diferentes níveis de transparências.

Com peças que representam o calor e escolha por formas geométricas básicas para criação de objetos e móveis atemporais, Jacqueline Terpins é um dos nomes mais importantes do design contemporâneo brasileiro. Quando desenvolveu as linhas Gazela e Sutra, na década de 1990, começou as experimentações com madeira, que – apesar da expertise da artista paraibana em cristal soprado –  tornou-se um acabamento cada vez mais proeminente e reconhecido em suas obras, através do lançamento de novas coleções, como a Copacabana, em 2010, que celebra um dos ícones do Rio de Janeiro: as calçadas de Copacabana; e a Sessenta, em 2014, inspirada no estilo dos anos 60.

Reconhecer e apreciar as características que cada matéria-prima possui é um dos diferenciais da designer, por isso, o seu repertório engloba também corian (originalmente uma placa rígida; material de alta durabilidade, resistência e fácil assepsia) e metais. Um móvel assinado por Jacqueline, que, sempre manteve suas criações de mobiliário muito próximas do meio artístico, garante mais refinamento e funcionalidade para qualquer ambiente.

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